quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Retorno pós-Carnaval

Sei que andei um pouco ausente nos dias de carnaval, mas estou retornando, de maneira meio tímida, eu sei. Mas tenho certeza de que o blog não recebeu tantas visitas assim nesse período de folia... Em breve estarei postando novidades. Mas, não vou garantir constância nos posts, porque vez ou outra estarei sem tempo nem para respirar. Mas garanto me esforçar o máximo para estar aqui presente.

Grande abraço a todos!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Mude - Edson Marques

Edson Marques. Poeta da inquietude, poeta da mudança...

Mude
Mas comece devagar,
porque a direção é mais importante
que a velocidade.

Sente-se em outra cadeira,
no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair,
procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho,
ande por outras ruas,
calmamente,
observando com atenção
os lugares por onde
você passa.
Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas.
Dê os teus sapatos velhos.
Procure andar descalço alguns dias.
Tire uma tarde inteira
para passear livremente na praia,
ou no parque,
e ouvir o canto dos passarinhos.

Veja o mundo de outras perspectivas.

Abra e feche as gavetas
e portas com a mão esquerda.
Durma no outro lado da cama.
Depois, procure dormir em outras camas.
Assista a outros programas de tv,
compre outros jornais,
leia outros livros,
Viva outros romances!

Não faça do hábito um estilo de vida.

Ame a novidade.
Durma mais tarde.
Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia
numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos,
escolha comidas diferentes,
novos temperos, novas cores,
novas delícias.
Tente o novo todo dia.
o novo lado,
o novo método,
o novo sabor,
o novo jeito,
o novo prazer,
o novo amor.
a nova vida.
Tente.
Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.
Almoce em outros locais,
vá a outros restaurantes,
tome outro tipo de bebida
compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo,
jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado,
outra marca de sabonete,
outro creme dental.
Tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores.
Vá passear em outros lugares.
Ame muito,
cada vez mais,
de modos diferentes.
Troque de bolsa,
de carteira,
de malas.
Troque de carro.
Compre novos óculos,
escreva outras poesias.
Jogue os velhos relógios,
quebre delicadamente
esses horrorosos despertadores.
Abra conta em outro banco.
Vá a outros cinemas,
outros cabeleireiros,
outros teatros,
visite novos museus.
Mude.
Lembre-se de que a Vida é uma só.
Arrume um outro emprego,
uma nova ocupação,
um trabalho mais light,
mais prazeroso,
mais digno,
mais humano.

Se você não encontrar razões para ser livre,
invente-as.

Seja criativo.

E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa,
longa, se possível sem destino.
Experimente coisas novas.
Troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores
e coisas piores,
mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança,
o movimento,
o dinamismo,
a energia.

Só o que está morto não muda!

Edson Marques.

Acessem Mude, o blog do Edson Marques.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Lições importantes...


DEPOIS DE ALGUM TEMPO
por William Shakespeare

"Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar a alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se,e que companhia nem sempre significa segurança. E começa aprender que beijos não são contratos, e que presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e os olhos adiante, com graça de um adulto e não a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair meio em vão."

"Depois de algum tempo, você aprende que o sol queima, se ficar a ele exposto por muito tempo. E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que, não importam quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo (a) de vez em quando, e você precisa perdoa-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que leva-se anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá para o resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer, mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos, se compreendermos que os amigos mudam. Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com que você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso, devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos."

"Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm muita influência sobre nós, mas que nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que você pode ser. Descobre que leva muito tempo para se chegar aonde está indo, mas que, se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados."

"Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer,enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática.Descobre que algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute, quando você cai, é uma das poucas pessoas que o ajudam a levantar-se. Aprende que a maturidade tem mais a ver com tipos de experiências que se teve e o que se aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais de seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes, e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva, tem direito de estar com raiva, mas isso não lhe dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama mais do jeito que você quer não significa que esse alguém não o ame com todas as forças, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, e que algumas vezes, você tem que aprender a perdoar a si mesmo."

"E que, com a mesma severidade com que julga, será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára, para que você
junte seus cacos. Aprende que o tempo não é algo que se possa voltar para trás. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende realmente que pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir mais longe, depois de pensar que não pode mais. E que realmente a vida tem valor diante da vida !!!"

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Na mira de quem?



Há algum tempo que não assisto TV com regularidade। Não só por achar que quase tudo que passa é inútil, mas também, porque sempre procuro algo mais interessante para fazer। De vez em quando passo pela frente dela e paro para ver algo que tenha me chamado à atenção. Mas mesmo sem dar esse Ibope todo para ela, é difícil para quem anda de ônibus ou circula pelas ruas não saber o que se passa na caixinha mágica sagrada de todos os lares. Quando escuto algum bordão na rua, já sei que ela tem algo a ver com isso. Os dois últimos que tenho escutado com frequência são: “Meu Deus eu não quero morrer!” e “Aqui não é a TV da Xuxa, aqui não é a Disneylândia, aqui o sistema é bruto!” Os bordões são atribuídos ao pseudo jornalista e apresentador, Uziel Bueno que comanda (essa palavra é ótima para a ocasião) o programa Na Mira, que é transmitido em dois horários na TV Aratu, 7hs e ao meio dia. Esses dias, depois de tanto ouvir os bordões, resolvi assistir ao programa na hora do almoço e quase perdi a fome. Flagras de violência explícita, corpos mutilados, cenas de pedofilia, ridicularizarão da figura humana são algumas das atrações desse circo bizarro que vi. Uma versão ainda mais perversa dos seus outros programas-irmãos, “Se liga Bocão” e “Que venha o Povo”. Acredito que não seja necessário falar o quanto programas desse “calibre” são inúteis e prestam apenas um desserviço a sociedade. Gostaria que ficasse claro de que sou defensor da liberdade de imprensa, mas que esta seja praticada com ética. Toda atividade humana, incluindo o jornalismo, tem que ser fundamentada em valores que as ponham limite. Quem deu o direito para esses... hum... repórteres invadirem as delegacias fantasiados com luvas, capuzes, ternos com faixa de capitão de time de futebol etc. para ridicularizar presos acusados, mas que antes de acusados, são pessoas e por isso mesmo merecedores de respeito e dignidade, seja lá qual for o crime que eles tenham cometido. Essa é a média do sensacionalismo desses programas. Mas o Na Mira de Uziel Bueno foi além. Pra ele quanto mais sangue melhor. Não importa de quem seja desde que esteja fresco e que ele possa mostrar com o máximo de detalhes possível. Ele faz isso tão bem que quase dá para sentir o cheiro dos corpos putrefatos pela TV. A quem ele pensa que está enganando, fazendo pose de bad boy justiceiro? Como quem puniria os acusados com as próprias mãos, se tivesse a oportunidade. Até um cego pode ver que ele não ganharia uma briga para nenhum preso daqueles que ele desafia na segurança do estúdio do seu programa. Alguém tem que dizer a ele que essa imagem não combina com ele. Ele tem cara de menino de prédio, criado com a vó. Menino que não podia sair para brincar de bola e ficava da janela do apartamento dizendo que era o juiz da partida. Ele não tem a malícia e a vivência necessária para esse papel ridículo de durão que ele tenta fazer. O programa apenas serve para banalizar desnecessariamente a violência e o escárnio, criando um imaginário coletivo de que tudo está perdido na sociedade, e que vivemos com total ausência de valores coletivos. E a massa vai absorvendo isso, e cada vez mais se vê crimes violentos sendo cometidos por improváveis criminosos por motivos fúteis e banais. Reflexo desse clima de “a primeira porrada é minha” gerado por esses medíocres formadores de opinião. Definitivamente, não é desse tipo de imprensa que precisamos. Faz-se necessária uma imprensa responsável, que contribua para a elucidação do povo. Que ao invés de só mostrar os fatos com suas linhas editoriais de valores no mínimo duvidosos, mostre alguma perspectiva real de melhora do quadro. Mas como tudo nessa lógica perversa de capital, alguém deve estar lucrando e muito com isso. Pergunto aqui para os meus botões, que nunca me respondem nada (devem ser mudos os coitados), cadê os órgãos reguladores da Imprensa? Cadê o Ministério Público? Será que eles também não assistem TV? Enfim.
Ah! Mais uma coisa Uziel. Não chame o povo de burro. Eles sabem que aí não é a TV da Xuxa e nem a Disneylândia. Se eles quisessem ver estes programas, teriam sintonizados seus aparelhos na Globo ou no Disney Channel e não no seu canal.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

O dia que a Terra parou ou a chegada do índio espacial

Jacob:
-Pode revivê-lo, como fez com o policial.
Klaatu:
-Há coisas que não posso fazer.
Jacob:
-Mas você tem poderes.
Klaatu:
-Sinto muito.
Jacob:
-Por favor. Por favor...
Klaatu:
-Jacob, nada realmente morre. O Universo não desperdiça nada. Tudo é simplesmente transformado.
Jacob:
-Quero ficar sozinho.

Quando assisti o remake de “O dia que a Terra parou”, fiz uma conexão inevitável com a canção “Um índio”, de Caetano Veloso. E por conta dessa lembrança, me veio uma outra. Lembrei de uma aula de antropologia na faculdade, ainda no primeiro semestre. A disciplina era ministrada pela professora Urpi Montoya.
Nessa aula, Urpi, não lembro o porquê, disse que não compreendia a letra dessa canção, e nos fez uma provocação. Ela ofereceu um ponto extra na atividade que estávamos fazendo, para quem conseguisse interpreta-la de maneira coerente. Todos ficaram calados na sala. E eu, por já conhecer e gostar muito dessa música (e por ter sido, de alguma forma, fisgado pelo desafio), tentei explicar o que eu sentia sobre os versos do poeta. Falei que esse índio que Caetano descreve, é uma espécie de Messias high tech (vem de espaçonave). Alguém que já teve ligação com a Terra, que a conhece, mas que por já ter cumprido os seus ciclos evolutivos neste planeta, não precisa mais viver aqui. É alguém que está em outro estágio de evolução, em outro lugar e que retorna para trazer algum tipo de revelação ou trazer uma nova pespectiva. Na ocasião, a professora considerou mais a minha tentativa do que a explicação em si (ela me deu meio ponto, se não me engano). Mas se a pergunta me fosse feita hoje, teria algo concreto para ilustrar o que eu sentia em relação a música. Se fosse hoje, mostraria Klaatu para ela. Não sei por que, não consigo vê-lo simplesmente como um alienígena, aliás há controvérsias sobre a origem dele no filme. Acho que ele transmite mais um ar de espiritualidade evoluída, do que de uma representação clássica de um extra-terrestre. Ele emana a mesma essência do índio de Caetano.
O índio da "estrela colorida e brilhante" é Klaatu que veio dizer o que já é obvio: a situação do planeta está se tornando (muito rapidamente) insustentável. E estamos fingindo que não vemos. Acho que Klaatu, o índio espacial que vestiu terno, não virá. Mas a mensagem que ele traria se viesse, já chegou faz tempo e está explicita, estampada em toda parte. Todos tem sua parcela de responsabilidade com o planeta. a mudança tem que surgir do micro para o macro, de nós para os outros, de dentro para fora e todos precisam obter essa consciência. Ou então é sentar e esperar o Universo fazer a sua reciclagem. E pelo andar da carruagem, com certeza, desse processo seletivo não passaremos.

P.S.: Esse vídeo da música foi um veradeiro achado. estava procurando no youtube, um vídeo da música apenas e encontrei esse com o depoimento.



quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Tonto Mar - O Círculo

Pra quem conhece, essa banda baiana de muito talento dispensa-se qualquer tipo de comentário. Pra quem não conhece digo que se dêem o prazer de conhecê-la. Valerá a pena. Quanto à canção (Tonto Mar), basta dizer que além de ser bela, transparece o momento.

Boa noite!



No meu sonho
Tem um mar
Tantos pontos para alimentar
Era luz
Tanto mar
Fecho os olhos
Para enxergar

Se eu pudesse ficar
Só um pouco mais
Só pra ver se fica em mim
O que te faz tão bem
O que me faz tão bem
O que te faz um bem
Assim ...

No meu sonho ...
Tem um mar ...
Tenho planos para me salvar
Tanta luz
Tonto mar
Tenho planos para lhe salvar

Não me deixe ficar
Nem um pouco mais
Posso não querer voltar

E ver que não pode ser
E ver que não posso ser
E ver que nem quero ser
Assim ...

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Manual de instrução para a vida

Vídeo muito bom sobre diferenças, conhecimento e mudanças. É necessário estar atento para as possibilidades de conhecer o novo, de mudar de opinião de olhar de outra forma. Só desse jeito é que se pode alcançar o respeito necessário para que as coisas se harmonizem. Tomara que alguém na Faixa de Gaza veja este vídeo. Já seria um começo...




Crédito do vídeo: http://www.saindodamatrix.com.br/

Preta - Cordel do Fogo Encantado

Belissíma canção de um dos mais significativos e inovadores grupos artísticos do Brasil nos últimos anos (não, não é "a melhor banda de todos os tempos da última semana"). Os caras são bons mesmo! Surgiram da mistura bem sucedidade de teatro e música no sertão pernambucano. De lá ganharam o mundo com suas apresentações ricas em expressão, musicalidade e originalidade. Essa música é do terceiro cd do grupo, chamado "Transfiguração". A canção fala de proteção de uma maneira bem simples, mas bastante atenciosa, como que se preocupa de veradade. Essa é com certeza uma das minhas preferidas...

Olá a todos!


Bom pessoas. O objetivo da criação deste espaço de comunicação vem de uma necessidade muito pessoal de dizer coisas que me provocam a vontade de falar ou de calar, mas que se fazem necessárias registrar de alguma forma. Não esperem coerência, nem nenhum tipo de compromisso com nada aqui. A ideia (Ah! Descobri que, segundo as novas regras ortográficas dos países que falam o português, "ideia" agora se escreve sem acento) Enfim. A ideia (que tinha acento e agora não tem onde sentar - desculpem, não resisti ao trocadilho infame-) é falar do que vem na mente, do que incomoda, do que move, cativa e provoca, agora ou antes, mas que só nesse momento se fez necessário falar.

Sejam bem vindos e estejam à vontade para comentar, criticar e contribuir com este blog. Este ato pode ser o início de um diálogo enrriquecedor para todos nós, e isso é o que há de melhor em se comunicar.